Nós, abaixo assinados, dirigentes de organizacções sindicais, políticas, populares, democráticas e de defesa dos direitos humanos nos pronunciamos terminantemente contra a intervenção militar norteamericana ou de uma "força multinacional" na Colômbia, sob qualquer pretexto, seja do "combate ao narcotráfico" ou uma suposta "defesa dos direitos humanos". O governo norte-americano prepara mais um golpe contra a humanidade. Apesar das reiteradas declarações de tal governo negando uma eventual intervenção militar na Colômbia, o certo é que a preparação desta intervenção é cada vez mais evidente, como ficou demonstrado com a queda do avião "espião" da Força Aérea dos EUA na região de Putamayo, Colômbia, recentemente. Os EUA já contam com um pelotão militar de 300 efetivos dentro da Colômbia, incluindo 100 agentes da CIA e DEA (Departamento Anti-Drogas dos EUA), que funcionam como tropa de observação em território colombiano. Junto com isto, tivemos, recentemente, a visita do chefe do DEA general Barry MacCaffrey, procurando convencer os governos latino-americanos a intervir na Colômbia. Como parte deste "esforço" o Equador entregou a base militar de Manta para as operações aéreas do comando sul dos EUA e o Perú deslocou 3.000 soldados para a fronteira com a Colômbia.
Igualmente exigimos o respeito aos direitos humanos, o direito à sindicalização, o direito de greve, de manifestação e expressão a todos os setores da população, particularmente do movimento sindical, popular e camponês. São direitos elementares que não são respeitados pelo governo e pelos paramilitares que desenvolvem uma verdadeira chacina de dirigentes sindicais, populares, de juventude e de direitos humanos. Já são aproximadamente 3.000 assassinatos de dirigentes sindicais filiados a CUT colombiana em seus 12 anos de existencia. Segundo dados oficiais a cada dois dias é assassinado um sindicalista, cuja cabeça vale no "mercado da morte" entre 150 e 200 dólares. É um verdadeiro banho de sangue contra o movimento sindical, popular e de direitos humanos, realizado pelos paramilitares e pelo exército com a cumplicidade do governo Pastrana. Ademais, existem leis restritivas ao direito de organização, de mobilização e de greve que levam a que hoje haja vários dirigentes sindicais e populares presos por exercerem seu legítimo direito de expressão e de defesa dos interesses dos trabalhadores e da população pobre.
Nós, pessoas ou entidades abaixo assinadas, repudiamos e exigimos:
Nome Entidade
Initiativa de: